Mais do mesmo...
A Académica perdeu ontem em Setubal. No fim de semana passado perdeu em Vila do Conde. Com estas duas derrotas frente aos dois últimos classificados estamos mais uma vez perto da linha de descida. Não me parece no entanto que a permanência esteja em perigo. Ponto aqui, ponto ali, estou convencido que a Académica vai-se manter calmamente na 1.ª Divisão.
No entanto estamos perante uma época em que vimos mais do mesmo. Uma equipa a jogar o que pode, com muita pouca intensidade, e com cada vez menos pessoas a ter vontade de ir assistir aos jogos da Académica. Ao ver o jogo em Setubal dei por mim a pensar nas últimas épocas da Académica. Parece sina, nunca conseguirmos fazer um campeonato tranquilo. Parece sina este deixar "cair" a instituição. Parece sina cada vez sermos menos a apoiar a Briosa. Mas não pode ser destino...
Na segunda-feira pensei nas últimas épocas. Como na prática este lutar por mais nada que não seja a permanência não é nenhuma "sina" é apenas e só má preparação sistemática das épocas. Fiz o filme dos últimos anos e dei por mim a ver o avançado Gelson a jogar a médio-centro, a trinco, a médio-esquerdo e até central. O médio Paulo Adriano a jogar a central. O central Hugo Âlcantra a jogar vários jogos a ponta de lança. O médio-centro Nuno Piloto a ser sistematicamente utlizado a defesa-direito Na segunda o defesa-direito Pedro Costa jogou como tem feito toda a época (e bem saliente-se) a defesa esquerdo. O extremo-direito Lito jogou a ponta de lança. O médio direito Miguel Pedro jogou solto atrás dos avançados. E assim sucessivamente. O plantel desta época por exemplo não tem um defesa esquerdo de raiz. Não tem um extremo-esquerdo. Não tem aquilo que se pode chamar um n.º10, um construtor de jogo. Não tem também um ponta de lança de área. No filme dos últimos anos já nem me quis lembrar que contratámos um "coxo" (Alvarez) e um atleta com problemas de asma (Filipe Alvim).
Obviamente que a construir equipas desta maneira torna-se muito dificil a Académica lutar por algo mais que a permanência. Perante esta realidade pouco mais podemos fazer do que continuar a acreditar que um dia o "destino" vai mudar. Um dos nossos grandes erros é não percebermos que as épocas começam verdadeiramente no inicio de Junho e não em Agosto quando começam os jogos.
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